domingo, 3 de abril de 2016

Pai Sozinho Com o Filho = Imã de Preconceito Feminino



Nesses 4 meses de vida do meu filho, tive algumas poucas oportunidades de ficar sozinho com ele em público. Mas foi o suficiente para notar que as mulheres, em geral, não acreditam que homens possam cuidar de crianças.

Eu me sentia como um imã de olhares de reprovação, em especial, das senhoras mais idosas que, muitas vezes, não se contentavam em me fuzilar com sua visão crítica e vinham na minha direção para "me orientar" sobre a posição que eu devia carregá-lo e coisas do gênero.

No início, não estando acostumado com a situação, eu só notava quando era tarde demais e elas já estavam ao meu lado, descarregando opiniões as quais eu não solicitei em momento algum.

Com o tempo, notei esse padrão feminino e, quando percebia a aproximação indesejada, disparava na direção oposta, frustrando suas intenções.

Por que as mulheres são assim? Qual o motivo de tanta desconfiança? Isso só me soa a preconceito. Não enxergar que um homem possa cuidar de um filho tão bem ou melhor do que elas. Talvez elas acreditem que o fato de nós não os carregarmos nove meses na barriga, não nos capacite para tal função.

Eu já havia sido alertado por um amigo, pai veterano, sobre o fato. Ele me contou sobre várias situações dessa natureza, sofridas enquanto fazia compras em supermercados ou quando precisou usar banheiros familiares em shoppings para trocar a fralda do filho. Em diversas ocasiões, ele precisou ser bastante deselegante em resposta a agressões veladas que sofria.

Eu ainda não cheguei a esse ponto, talvez pela tática de fugir do conflito. Mas pressinto que esse dia chegará. E terei que lidar com o egocentrismo feminino de uma forma mais dura, deixando clara a minha soberania como pai.

Mulheres do meu Brasil. Assim como vocês lutam contra o preconceito e machismo, tentem vencer seus prejulgamentos e comecem a enxergar os pais como seres capazes de criar uma criança de forma adequada.

Saibam que ele está tão confortável nos meus braços paternos quanto ele estaria nos da mãe. E se, por ventura, meu filho estiver chorando, não é porque eu não sei o que fazer com aquele pedacinho de ser humano. Eu sei quando meu filho está com sono, com fome, com fralda suja ou irritado por qualquer coisa melhor do que você, que nunca nos viu na vida!

Um comentário:

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